O diagnóstico e a transferência do paciente para a Santa Casa de Misericórdia ou Álvaro Alvim têm levado em média 1 hora, quando o preconizado é não ultrapassar duas horas
Desde o lançamento, em 28 de fevereiro deste ano, pela Prefeitura e pelo Governo do Estado, o projeto “SOS Coração: Nossa missão é cuidar das pessoas” tem revolucionado o atendimento às vítimas de Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) em Campos e região. A agilidade no diagnóstico e tratamento, desde a chegada do paciente a uma unidade da rede de urgência e emergência até a desobstrução da artéria afetada na sala de hemodinâmica da Santa Casa de Misericórdia ou do Hospital Escola Álvaro Alvim (HEAA), já salvou a vida de 30 pacientes no período de 1° de março a 15 de abril.
A Santa Casa e o Álvaro Alvim são os hospitais referência para a realização do cateterismo, — exame para identificar obstruções nos vasos sanguíneos que irrigam o coração —, e da angioplastia coronariana primária, após a confirmação do infarto. Para a regulação em um dos dois hospitais, aos primeiros sinais de infarto, a pessoa deverá buscar atendimento no Hospital Ferreira Machado (HFM), Hospital Geral de Guarus (HGG), Hospital São José (HSJ), Unidades Pré-Hospitalares (UPHs) 24h, Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Campos e de São João da Barra (SJB), Santa Casa de Misericórdia de SJB e Hospital Armando Vidal, em São Fidélis.
Se o IAM for confirmado, por meio de um eletrocardiograma feito na própria unidade, o paciente é transferido para a Santa Casa ou Álvaro Alvim para os devidos procedimentos e tratamentos. Em média, segundo o cardiologista intervencionista da Santa Casa, Halim Abdu Neme Makhluf, todo esse processo, incluindo o cateterismo e a angioplastia, tem sido realizado em 1h.
“Esse atendimento não pode ultrapassar duas horas, mas temos conseguido reduzir esse tempo graças à evolução do projeto e a divulgação, junto às unidades da rede de urgência e emergência do município, de que vidas realmente estão sendo salvas”, afirmou o médico, ressaltando que todos são importantes nesse processo, desde o médico plantonista, que detecta o IAM e aciona o SOS, ao motorista da ambulância e porteiro do hospital.
Na opinião de Halim, a tendência é melhorar ainda mais, com muito mais vidas sendo salvas. Com 30 anos de profissão, o também cardiologista intervencionista, Abdu Neme, concordou com Halim. “Estou sentido uma satisfação enorme com tantas vidas salvas. Quero aqui enobrecer o trabalho dos colegas que estão na ponta pelo carinho e zelo para com o SOS”, afirmou.
Entre os principais sintomas do IAM estão: dor no peito (aperto ou queimação), dor na mandíbula, braço, punho ou costas, formigamento no braço esquerdo, fadiga e palidez, suor, náuseas, vômito e tontura.