Parkinson: Diagnóstico precoce facilita um melhor tratamento da doença

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Em Campos, atualmente, 800 pacientes são cadastrados com a doença no CDAP, desses, 710 estão ativos no programa

Descoberta há 201 anos, a Doença de Parkinson é a segunda patologia degenerativa, crônica e progressiva do sistema nervoso central mais frequente no mundo, atrás apenas do Alzheimer. Em Campos, atualmente, 800 pacientes são cadastrados com a doença no Centro de Referência da Doença de Alzheimer e Parkinson (CDAP), desses, 710 estão ativos no programa. Para a coordenadora técnica do CDAP, médica geriatra Deborah Casarsa, disseminar informações para que as pessoas procurem o serviço para um diagnóstico precoce, e melhor tratamento da enfermidade são cruciais.
A especialista explica que a doença de Parkinson é uma patologia dopaminérgica, ou seja, ela compromete toda parte motora do paciente. A pessoa acometida apresenta sintomas como: bradicinesia (lentidão para executar o movimento); tremores de repouso, em um dos membros e nas extremidades do corpo; rigidez muscular; apatia de faces; constipação; engasgos frequentes, o que eleva o risco de broncoaspiração; distúrbios do sono; depressão, além de progressiva perda de equilíbrio (instabilidade postural).
“O diagnóstico precoce facilita um melhor tratamento, com a medicação correta, fazendo a reposição dopaminérgica adequada sem causar toxicidade a esses pacientes”, informa a coordenadora, destacando que o tratamento não se limita apenas aos medicamentos.
“É preciso aliar à prática da fisioterapia motora contínua, terapia ocupacional e atividade física, o que ajuda na melhora do equilíbrio, parte cognitiva, força física e resgate da autonomia e autoestima. Essas técnicas mais assertivas, impactam diretamente no benefício do tratamento dessa doença”, pontuou.
Casarsa esclarece que, diferentemente da doença de Alzheimer, onde maior risco para desenvolver síndromes demenciais é a idade avançada, o Parkinson pode acometer pessoas mais jovens, antes dos 60 anos.
“A doença de Parkinson é neurodegenerativa, crônica e que precisa ser tratada o quanto antes, porque há uma melhora expressiva com a medicação. Uma das principais medicações para o tratamento é fornecida pelo Governo Federal e como a doença cursa com processos depressivos, é necessário associar um antidepressivo ao tratamento. Felizmente, nós temos hoje no município um governo sensível e que entende a necessidade em se tratar certas patologias em sua totalidade, oferecendo um serviço interdisciplinar e humanizado”, ressaltou a médica.
O Centro de Referência da Doença de Alzheimer e Parkinson funciona na Rua Primeiro de Maio, nº 43, Centro. O atendimento é realizado de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h e os pacientes devem ser encaminhados através de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) e clínicas particulares.

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