Outros métodos, como boleto bancário, somaram 1,4 bilhão de pagamentos no segundo trimestre
CRÉDITOS: https://revistaoeste.com/economia/pix-supera-50-das-transacoes-no-brasil/


Yasmin Alencar
O cenário dos pagamentos no Brasil registrou um marco relevante: o Pix superou a metade das transações realizadas no país, conforme balanço mais recente do Banco Central. Entre abril e junho, o sistema contabilizou 19,3 bilhões de transferências, crescimento de 10,5% frente ao trimestre anterior.
Divulgados na segunda-feira 2, os dados apontam que o avanço do Pix ultrapassou amplamente a expansão de outros meios, como cartão de crédito (4%), cartão de débito (1,5%) e cartão pré-pago (3,9%). Essas modalidades registraram 5,4 milhões, 4 milhões e 3,2 milhões de operações no mesmo período, respectivamente.
Participação do Pix e outros meios de pagamento
Outros métodos, como boleto bancário, somaram 1,4 bilhão de pagamentos no segundo trimestre. O cheque, por sua vez, foi responsável por apenas 33 milhões de operações. Considerando todas as demais alternativas, a fatia conjunta ficou em 48,8% do total, enquanto o Pix alcançou 51,2% das operações.
Apesar do volume de transações, a TED se manteve como principal meio em valores movimentados, atingindo R$ 11,4 trilhões no primeiro trimestre, superior aos R$ 8,4 trilhões registrados pelo Pix no mesmo período.
Chaves Pix e perfil dos usuários
Segundo o Banco Central, a chave Pix permanece como principal ferramenta no sistema, sendo responsável por metade das operações em outubro. O preenchimento manual dos dados bancários aparece em segundo lugar, com 39,4%, seguido do uso do QR code dinâmico, que representa 8,3% das transferências.
O levantamento revela ainda que 77% das movimentações via Pix são realizadas por usuários entre 20 e 59 anos, com destaque para o grupo de 30 a 39 anos, que responde por 28,7%. Pessoas acima de 60 anos representam 5,6% dos pagamentos.
No recorte regional, os dados mostram que 43% das operações ocorrem no Sudeste, enquanto o Nordeste representa 27%, o Sul, 12%, o Norte, 10% e o Centro-Oeste, 8%, conforme informou o Banco Central.