Evento foi realizado nesta quarta-feira na Escola Municipal Dr. Newton Alves, em Atafona, e contou com debates sobre igualdade e o papel do povo negro na construção da sociedade
A Secretaria Municipal de Educação (Semed) promoveu nesta quarta-feira, 22, na Escola Municipal Dr. Newton Alves, em Atafona, a I Jornada Pedagógica de História “África que não se vê”, reunindo alunos do segundo segmento da rede municipal do distrito. O conteúdo vem sendo trabalhado nas salas de aula desde 2020, culminando no evento que contou também com atividades em todas as unidades da rede municipal de São João da Barra que possuem turmas do segundo segmento, incluindo palestras, rodas de conversa e exposições.
A jornada promovida na Dr. Newton Alves teve apresentação cultural dos alunos e quatro oficinas simultâneas: roda de conversa sobre igualdade racial com o professor Fernando Antônio Lobato, roda de conversa sobre respeito às escolhas com Elielson Rocha, oficina de máscaras com Márcia Coutinho e contação de história com Kariny Barreto. O evento contou também com palestra do professor Bóris Santos de Souza, intitulada “África: da origem da civilização ao colonialismo pós-moderno”.
A programação foi realizada durante a manhã e reapresentada à tarde, a fim de assegurar a participação dos alunos dos dois turnos.
— A escola é local de debate e reflexão e por isso propomos este tema para que possamos aprofundar a abordagem sobre a história da África e a forma com que de fato o continente influenciou o processo histórico no Brasil e no mundo, ao mesmo tempo em que destacamos o protagonismo dos negros e negras na sociedade e reafirmamos nosso compromisso com a luta antirracista — definiu a coordenadora pedagógica de História da Semed, Sayonara Freitas.
A secretária municipal de Educação, Angélica Rodrigues, reforçou a importância da realização da I Jornada Pedagógica de História.
— É mais um avanço no nosso compromisso permanente de promover uma educação pública que incentiva o debate e a ampliação do olhar dos alunos para os temas que permitam não só proporcionar conhecimento, seja na história, seja em quaisquer disciplinas, mas que também convidem à reflexão sobre o papel de cada aluno e aluna na construção de uma sociedade melhor, com igualdade de direitos e consciência social. Assim contribuímos para que os alunos se tornem atores importantes diante dos desafios a serem vencidos para que possamos conviver em uma sociedade cada vez mais inclusiva, justa e tolerante — destacou Angélica.