CRÉDITOS:
Presidente usou evento do Dia dos Trabalhadores para promover o aliado, que é pré-candidato à Prefeitura de São Paulo
A fala de Lula pode ser investigada, tendo em vista que um possível uso da máquina pública em benefício de algum pré-candidato pode ser abuso de poder político.
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva resolveu apagar das redes sociais a transmissão do ato do 1º de Maio, Dia do Trabalhador. A decisão se deu porque o petista cometeu ilícito eleitoral ao pedir votos para o deputado federal Guilherme Boulos (Psol), pré-candidato à Prefeitura de São Paulo.
A gravação estava no canal de YouTube do CanalGov, mas foi apagada. A mesma transmissão, contudo, segue disponível no perfil pessoal de Lula no YouTube.
Vídeo: em 1° de maio, Lula pede votos para Boulos
“Esse rapaz está disputando uma verdadeira guerra aqui em São Paulo”, disse Lula ao lado de Boulos. “Ele está disputando com o nosso adversário nacional. Ele está disputando contra o nosso adversário estadual e está disputando contra o nosso adversário municipal.”
“Ele enfrenta três adversários, e por isso quero dizer para vocês: ninguém derrotará esse moço aqui, se vocês votarem no Boulos para prefeito de São Paulo nas próximas eleições”, disse o petista. “Vou fazer um apelo: cada pessoa que votou o Lula em 1989, em 1994, em 1998, em 2006, em 2010, em 2018 e em 2022 tem de votar no Boulos para prefeito de São Paulo.”
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A lei eleitoral restringe a propaganda antecipada na pré-campanha. Caso a Justiça entenda que houve ilícito eleitoral na fala do presidente, ele pode ser punido com uma multa de R$ 5 mil a R$ 25 mil.
A propaganda eleitoral será permitida apenas depois de 16 de agosto, quando as candidaturas já estiverem registradas na Justiça Eleitoral.
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O evento em que Lula e Boulos estavam era do governo federal. Isso pode ser investigado, tendo em vista que um possível uso da máquina pública em benefício de algum pré-candidato pode ser abuso de poder político.