Mudanças climáticas: chuvas já causaram 30 mortes no RJ em 2024

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Somente nas últimas 24 horas, são 8 mortos, sendo 4 em Petrópolis. Várias cidades do estado enfrentam enchentes, inundações e deslizamentos

O Estado do Rio de Janeiro já registrou, até a manhã deste sábado (23), oito mortes por causa das chuvas intensas desde a noite de quinta-feira (21). Com isso, passa para 30 o número de vítimas fatais por eventos climáticos em todo o estado desde o início deste ano. As chuvas extremas dessa vez foram trazidas pela chegada de uma frente fria, logo após a cidade do Rio registrar sensação térmica recorde de 62 graus, na terceira onda de calor provocada este ano pelas mudanças climáticas.

Por sua topografia acidentada, com grande declividade e acúmulo de água no solo, a Região Serrana é tradicionalmente a mais castigada pelos efeitos dos eventos climáticas no estado, por conta dos deslizamentos e queda de barreiras e desabamentos de imóveis. Mas os estragos dessa vez já atingem várias cidades do estado, principalmente na Baixada, Norte e Noroeste fluminenses, que são mais atingidos por alagamentos e inundações.

Em Petrópolis, na Região Serrana, quatro pessoas de uma mesma família morreram no desabamento de uma casa no bairro Independência, um dos mais populosos do município e epicentro das tempestades. No local, cinco pessoas foram resgatadas com vida, entre elas, uma criança de 4 anos, 19 horas após a queda da casa onde morava – o pai da menina a protegeu com o próprio corpo, mas acabou morrendo. O prefeito Rubens Bomtempo decretou situação de emergência e o governo federal já declarou que atenderá imediatamente e enviará recursos ao município.

Em Teresópolis, também na Região Serrana, duas pessoas de uma mesma família também morreram no desabamento de uma casa na comunidade da Coreia. Com ajuda de cães farejadores, o Corpo de Bombeiros conseguiu localizar o corpo de um adolescente de aproximadamente 14 anos que estava desaparecido sob os escombros no fim da tarde deste sábado (23). Outras duas pessoas foram resgatadas com vida no local.

Operação dos bombeiros e Defesa Civil em Duque de Caxias, onde um homem morreu afogado ao cair com caminhão em rio (Fotos: Prefeitura de Caxias)

Em Santa Cruz da Serra, Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, o motorista de um caminhão morreu afogado. De acordo com a Prefeitura de Caxias, o veículo derrapou na descida da serra de Petrópolis, na Rodovia Washington Luís, e caiu no Rio Aviário. O condutor ficou submerso, preso às ferragens, e não conseguiu sair. Seu corpo foi retirado pelos bombeiros na tarde de sexta-feira (22). Em Arraial do Cabo, na Região dos Lagos, um jovem morreu ao ser atingido por um raio na praia do Pontal do Atalaia.

Em Nilópolis, também na Baixada, um catador de recicláveis de 60 anos foi resgatado com vida dos escombros de uma residência que desabou após a queda de uma árvore, às margens do Rio Sarapuí. Com múltiplas fraturas, ele foi internado no CTI Hospital Geral de Nova Iguaçu, mas seu estado de saúde é muito grave.

No Norte e Noroeste, salvamento é feito  por botes

Apesar de não registrarem vítimas fatais até o momento, vários municípios das regiões Norte e Noroeste fluminense estão sofrendo os impactos das fortes chuvas nas últimas horas, por conta das enchentes enchentes. Muitas casas foram inundadas e as pessoas ficaram ilhadas.

Em Raposo, distrito de Itaperuna, no Noroeste, a única estância hidromineral do estado, foi um dos locais mais atingidos. O Rio Muriaé, que banha a cidade, já aumentou em quatro metros e o volume pode ainda amentar porque recebe afluentes de Minas Gerais, onde também chove.

Em Santo Eduardo, distrito de Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, um vídeo mostra uma família escapando pelo telhado, depois de ter a casa quase completamente tomada pelas águas. O volume de água no município chegou a 246mm – o segundo maior, depois de Petrópolis, que registrou 258mm. Tanto em Itaperuna, quanto em Campos, foram necessários botes para remover as pessoas.

Também no Norte do estado, a cidade de Bom Jesus do Itabapoana foi bastante atingida pela cheia do Rio Itabapoana. Em Macaé, litoral norte do estado, uma imensa cratera foi aberta em um trecho da rodovia. Várias estradas estão interditadas no estado.

Número de vítimas pode aumentar com novas chuvas

Governador Cláudio Castro foi a Petrópolis, mas retornou ao Rio de Janeiro (Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil)

O número de vítimas ainda pode aumentar nas próximas horas, já que a previsão é de mais chuvas moderadas a fortes em várias partes do estado até domingo (24). A Defesa Civil solicita que as populações que moram em regiões de risco que se cadastrem gratuitamente pelo telefone, no número 40199, para receber todo o suporte por SMS ou pelo whatsapp.

A orientação principal é sair imediatamente de casa e procurar um lugar seguro. “Não tentem desafiar, não tentem permanecer”, alertam especialistas no Centro Integrado de Operações Especiais do Governo do Estado. O governador Cláudio Castro apelou a quem está em áreas seguras: “Se mantenham em casa e com atenção”.

Castro estava em Petrópolis desde a noite de sexta-feira (22), mas retornou ao Rio de Janeiro para comandar as operações em todo o estado. Ele informou que entrou em contato com prefeitos de diversas áreas atingidas pelas chuvas, como Teresópolis, São Gonçalo, Macaé e Guapimirim, e determinou que mais maquinários fossem enviados às cidades.

Segundo ele, mais de 700 máquinas estão à disposição dos municípios, e mais de 60 atuam na limpeza de ruas e desobstrução de estradas. “Estamos com operação em Magé, Guapimirim, Campos dos Goytacazes e outras regiões. Atuamos em todas as regiões”,  ressaltou.

Há uma atenção especial às cidades das regiões Norte e Noroeste, que podem receber chuvas de até 200mm, aumentando o risco de novos alagamentos, inundações e enchentes. Segundo a Defesa Civil do Rio de Janeiro, a capital fluminense e as cidades de Petrópolis, Teresópolis, Magé e Nova Friburgo também têm risco muito alto de enchentes. Há ainda risco muito alto de deslizamentos de barreiras em Petrópolis, Teresópolis, Magé e Campos dos Goytacazes.

90 pessoas foram resgatadas com vida pelos bombeiros

Operação da Defesa Civil em Duque de Caxias (Fotos: Prefeitura de Caxias)

Bombeiros e Defesa Civil informaram que já realizaram mais de 90 salvamentos em pouco mais de 24 horas. Quarenta militares especializados em salvamento em desastres e cães farejadores do canil do Corpo de Bombeiros foram mobilizados para auxiliar nas buscas em Petrópolis.

Defesa Civil informou que mais de 300 eventos foram registrados na cidade, na maioria relacionados a deslizamentos, e novos eventos ainda podem ser registrados porque a . Mais de 530 pessoas estão desabrigadas ou desalojadas, segundo a prefeitura. Famílias abrigadas ficaram sem cobertor e não tinham luz de emergência

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva atendeu o pedido do governador Claudio Castro e enviou militares do Exército Brasileiro à cidade. “Entrei em contato com o presidente Lula e ele viabilizou o reforço. Agora o momento é de união para dar a segurança de toda população”, disse o governador, que chegou a Petrópolis na noite desta sexta-feira (23/3).

Desde a noite de quinta-feira (21.03), o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil foram acionados para o atendimento de mais de 300 ocorrências relacionadas às chuvas em todo o Estado. Além dos salvamentos, eles atuam em cortes de árvores, deslizamentos de terra, desabamentos e inundações, entre outros.

Em Duque de Caxias, onde o motorista de um caminhão se afogou após cair em um rio, todo o efetivo da Defesa Civil Municipal e da Secretaria Municipal de Obras está nas ruas ajudando a população e atendendo as ocorrências em consequência das chuvas. Os bairros mais afetados e com alagamentos são: Vila Urussaí, Chácara Arcampo, Parque Paulista e Xerém, na altura do Aviário.

Também na sexta-feira (22), duas famílias foram retiradas de suas casas no Aviário por agentes da Defesa Civil devido aos alagamentos e se dirigiram à casas de familiares. Ainda não há famílias desabrigadas no município.

Número de pessoas afetadas pelas chuvas em 2024 pode passar de 1 milhão

Chuvas tomam casas em vários bairros de cidades do Norte Fluminense (Reprodução de internet)

O número total de desabrigados e desalojados pelas fortes chuvas deste fim de semana ainda não foi estimado pelo Governo do Estado, mas somando-se à contagem anterior da Secretaria de Estado de Saúde (SES), que contabilizava 760 mil pessoas afetadas pelas chuvas desde janeiro, já pode passar de 1 milhão.de pessoas atingidas pelos temporais no estado este ano.

O primeiro levantamento, divulgado esta semana apontava que, 22 pessoas morreram e mais de 760 mil pessoas haviam sido afetadas em 46 das 92 municípios fluminenses desde o começo do ano, por conta de 92 eventos relacionados a chuvas intensas e enxurradas, segundo levantamento feito pelo Centro de Inteligência em Saúde (CIS-RJ) da SES-RJ .

As regiões mais atingidas foram: Centro Sul (com 8 municípios afetados), Metropolitana l (8), Serrana (8), Médio Paraíba (6), Baixada Litorânea (5), Noroeste (4), Metropolitana ll (3), Norte (2) e Baía da Ilha Grande (2). O monitoramento apontou ainda que 122 unidades públicas de saúde foram afetadas em diversos municípios, ocasionando perda de medicamentos e prejuízos no atendimento à população.

Os dados constam na plataforma Vigidesastres, desenvolvida pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs), que reúne informações de desastres e danos causados por eventos climáticos nos 92 municípios fluminenses. Este foi o primeiro verão em que a secretaria contou com o auxílio da plataforma. Com risco iminente de grandes temporais nas próximas horas, a SES-RJ segue em monitoramento e atuação nas cidades que já foram afetadas por desastres naturais.

Ação da Cidadania inicia campanha de doações para ajudar as vítimas

Ação da Cidadania lançou a campanha Emergências para levar ajuda às vítimas das chuvas que atingem o estado do Rio de Janeiro. A organização está fazendo um levantamento com o apoio de lideranças cadastradas em sua rede para o envio imediato de alimentos, água mineral, kits de higiene e limpeza. Desde 2021, a campanha Emergências realiza a distribuição de donativos para regiões afetadas por tragédias climáticas e outras catástrofes.

A mobilização já levou suporte para Roraima, Acre, São Paulo, Rio de Janeiro, Maranhão, Tocantins, Pará, Minas Gerais, Bahia, Alagoas e Pernambuco. Em Petrópolis, em 2022, a ONG distribuiu mais de 5 mil refeições prontas para consumo, além de cestas básicas, eletrodomésticos e kits de higiene. As doações podem ser realizadas pelo site www.acaodacidadania.org.br ou pelo pix: sos@acaodacidadania.org.br.

Obras evitaram tragédia maior, diz governador

A Região Serrana inicialmente foi a área mais vulnerável às chuvas no Estado do Rio de Janeiro. Em 2022, em Petrópolis, 242 pessoas morreram vítimas das chuvas, sendo 235 em fevereiro e sete em março, em uma segunda tempestade. Em três horas choveu o esperado para todo o mês de fevereiro, 258,6 milímetros.

Desta vez, de acordo com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), foram registrados 280 mm em 24 horas, muito acima dos 124 milímetros previstos para todo o mês de março no Estado do Rio. Só no bairro Independência foram 108mm em três horas.

Com o grande volume de água, o acesso a Petrópolis foi interditado na BR-116 e várias ruas ficaram alagadas. Foi registrado também o transbordamento dos rios Quitandinha e Piabanha.

Bombeiros, moradores e voluntários trabalham no local do deslizamento no Morro da Oficina, após a chuva que castigou Petrópolis em fevereiro de 2022 (Fotos: Divulgação)

O governador destacou o investimento de R$ 1 bilhão em obras de infraestrutura em Petrópolis, como contenção de encostas e túnel extravasor, além da reconstrução de ruas e calçamentos em áreas afetadas pelas chuvas passadas.

“O governo do Estado concluiu e avançou em obras que estavam paradas desde 2011. Os trabalhos foram cruciais para que a tragédia não fosse maior. Nossas equipes atuam em todo o município para minimizar os impactos, com 85 máquinas para limpeza da área e retirada de escombros”, declarou Castro.

A Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos está entregando à cidade 232 colchões, 100 fardos de água, 200 kits de limpeza, 200 kits de higiene e 100 kits de enxoval. Para servir como pontos de apoio, duas escolas estaduais do bairro Independência estão sendo mantidas abertas para receber famílias desalojadas ou desabrigadas.

Saúde ativa Plano de Respostas às Chuvas Fortes

Equipes da Secretaria de Estado de Saúde separam kits com remédios e insumos para atendimento médico a vítimas das chuvas no Estado do Rio (Fotos: Maurício Bazilio (Divulgação SES-RJ)

Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) informou na sexta-feira  (22) que ativou seu plano de contingência e está em alerta máximo para atender à população e dar suporte a todos os municípios do estado que sejam impactados pelas fortes chuvas previstas para o final de semana. A secretaria separou kits com remédios e insumos para atendimento médico e disponibilizou uma frota com 11 picapes para assistência às cidades que solicitarem ajuda.

Também estão disponíveis mais de 30 mil frascos de hipoclorito de sódio (água sanitária) para envio aos municípios. O produto é utilizado para tornar a água potável, própria para o consumo humano, e é uma das primeiras necessidades de saúde da população após grandes temporais e enchentes.

A Secretaria realizou, na manhã desta sexta-feira (22/03), reunião de equipes para ativação do Plano de Respostas às Chuvas Fortes. O encontro teve a participação de profissionais de todas as áreas que atuam na linha de frente do atendimento aos municípios, entre eles representantes do SAMU-RJ e da área de assistência e Vigilância em Saúde. A SES-RJ organizou duas grandes equipes multidisciplinares, com médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, assistentes sociais.

No Centro de Inteligência em Saúde, localizado na sede da secretaria, no Rio Comprido, zona norte do Rio,  uma equipe do Centro de Informação Estratégica em Vigilância em Saúde (CIEVS) manterá plantão 24h por dia, para monitoramento de possíveis desastres e acionamento imediato de equipes de profissionais de saúde.

A SES-RJ também emitiu um alerta com orientações às secretarias municipais de saúde de todas as 92 cidades fluminenses sobre o armazenamento de insumos e vacinas, a fim de evitar eventuais perdas causadas por falta de energia ou enchentes.

70 ambulâncias do Samu de prontidão na capital

As ambulâncias da frota do Transporte Inter-Hospitalar, usadas para a transferência de pacientes entre unidades de saúde, também estão mobilizadas para apoiar os municípios. Médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem estão de prontidão caso haja necessidade de deslocamentos.

Na capital, todas as equipes e as 70 ambulâncias do SAMU estão de prontidão para atender aos chamados da população. O SAMU-RJ vai operar ainda com duas ambulâncias especiais, preparadas para ocorrências de extrema complexidade, como nos desastres causados pelas chuvas.

As unidades contam contam com estrutura móvel específica para a montagem de uma tenda no local, com insumos de atendimento médico para acesso venoso, cilindros portáteis de oxigênio, pranchas de transporte, colares cervicais, lonas para fazer triagem e tratamento das vítimas, cartões de triagem e identificação, lanternas, gerador com extensão e holofotes. Cada viatura tem capacidade de atender até dez pessoas simultaneamente.

“É importante lembrarmos que esta ocorrência climática chega em um momento em que estamos preparados, com tecnologia de monitoramento de ponta, estrutura de ambulâncias e profissionais com experiência em grandes desastres. Estamos de prontidão 24h por dia para atender a população em qualquer parte do estado”, afirmou a secretária de Estado de Saúde Claudia Mello.

O coronel Sérgio Simões, assessor especial para grandes eventos e responsável pela coordenação operacional das ações da secretaria, informou que o Samu-RJ hoje conta com duas ambulâncias especiais, equipadas para atender grandes desastres; além de motolâncias capazes de chegar a locais de mais difícil acesso. “Também contamos com uma frota de 45 ambulâncias para transporte inter-hospitalar, o que nos dá uma capacidade de resposta grande”, afirmou.

Doenças transmitidas pela lama e água contaminadas

Fotos: Maurício Bazilio (Divulgação SES-RJ)

De acordo com Silvia Carvalho, superintendente de Emergências em Saúde Pública da SES-RJ, outro ponto de atenção é o aumento no número de casos de doenças de veiculação hídrica, que são aquelas transmitidas por água e lama contaminadas.

“Essa preocupação é recorrente. São inúmeros os microrganismos que podem provocar adoecimento. Eles se manifestam diretamente através de enfermidades como leptospirose, doenças diarreicas, entre outras, e indiretamente, como a dengue, que se torna uma preocupação ainda maior, devido ao cenário epidêmico. São doenças sérias que, sem o manejo clínico adequado e no tempo oportuno, podem causar internações e óbitos”, alerta.

Para reduzir os impactos à população, a SES-RJ tem enviado vários insumos às cidades atingidas, desde hipoclorito de sódio (água sanitária) para purificação de água para consumo humano, até milhares de comprimidos e frascos de medicamentos – como antibióticos e analgésicos – além de materiais como luvas, cateteres, máscaras, seringas, agulhas, ataduras e soro.

De 1º de janeiro até esta sexta-feira (22/03), 12 municípios solicitaram apoio à SES-RJ: Rio de Janeiro, Duque de Caxias, Belford Roxo, Mesquita, Nova Iguaçu, Nilópolis, Queimados, Paracambi, Mendes, Japeri, Engenheiro Paulo de Frontin e Barra do Piraí. 

Para agilizar a chegada da ajuda às cidades, a Secretaria mudou a logística de distribuição dos insumos e medicamentos. Antes, as retiradas eram feitas pelos gestores municipais na Coordenação Geral de Armazenagem da SES-RJ, em Niterói. Agora, os municípios que estiverem impossibilitados de locomoção e solicitarem os itens receberão o apoio por via aérea, com a Superintendência de Operações Aéreas (SOAer), ou por via terrestre, com o Samu e as motolâncias, e os demais veículos oficiais.

46 municípios já foram atingidos por chuvas no estado este ano

Os municípios mais atingidos este ano pelas chuvas são: Engenheiro Paulo de Frontin, Magé e Vassouras (5 ocorrências em cada cidade), Japeri, Barra do Piraí, Barra Mansa e Teresópolis (4 cada uma), Mendes, Nova Iguaçu, Paracambi, Petrópolis e Rio de Janeiro (cada uma com 3); Mesquita, Miguel Pereira, Nilópolis, Niterói, Queimados, Resende, Rio Claro, Bom Jesus do Itabapoana, Santa Maria Madalena, Sapucaia, São Gonçalo e Volta Redonda (cada uma com 2).

Com um registro cada na estão as cidades de Angra dos Reis, Araruama, Areal, Armação dos Búzios, Belford Roxo, Bom Jardim, Cabo Frio, Duque de Caxias, Macaé, Macuco, Maricá, Paraty, Porciúncula, Quatis, Santo Antonio de Pádua, Saquarema, Silva Jardim, São João de Meriti, São Sebastião do Alto, Trajano de Moraes, Três Rios e Varre-Sai.

O Vigidesastres reúne informações sobre o tipo de evento climático que ocasionou desastres (chuva, enchente, inundação, deslizamento, vendaval, incêndios etc), o número de habitantes afetados, as áreas danificadas e os impactos na rede de saúde de cada localidade.

O levantamento da SES-RJ é feito através de um contato rotineiro e diário com as equipes municipais, além das visitas in loco. A avaliação dos planos de contingência de cada município também está disponível na ferramenta, bem como os sites utilizados para emissão dos alertas.

A partir da consolidação das informações, os dados são automatizados e atualizados diariamente num painel público chamado “Painel Informativo Vigidesastres”, disponível em monitorar.saude.rj.gov.br.

Entre os números do levantamento feito pela SES-RJ estão:

92 eventos adversos registrados;

46 municípios afetados;

32.464 desalojados;

848 desabrigados;

166 enfermos;

72 feridos;

22 óbitos;

768.937 pessoas afetadas;

20.663 unidades habitacionais afetadas;

122 unidades públicas de saúde danificadas;

115 instalações públicas de ensino danificadas;

65.362 mil frascos de hipoclorito de sódio enviados aos municípios solicitantes;

9 kits de calamidade com milhares de medicamentos e insumos enviados aos municípios solicitantes.

Com informações da SES-RJ e Gov-RJ

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