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Estado já tem um terço de todos os casos prováveis no país. Cidade do Rio registra mais de 2 mil casos de dengue em 24 horas
O Brasil já registrou, desde 1º de janeiro deste ano até este sábado (9/2), 1.342.086 casos prováveis de dengue, com 363 mortes confirmadas e 763 em investigação. Os estados com o maior número de casos são Minas Gerais, com 464.223; São Paulo, 238.993; e Paraná, 128.247, seguidos do Distrito Federal, 122.348. Em primeiro lugar no ranking de números absolutos, Minas responde, atualmente, por praticamente um em cada três casos prováveis da doença contabilizados em todo o país.
Dados do Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde mostram ainda que o coeficiente de incidência da dengue em Minas Gerais é de 2.260 casos para cada grupo de 100 mil habitantes, atrás apenas do Distrito Federal, que tem coeficiente de incidência de 4.343 casos por 100 mil habitantes. A média nacional é de 660 casos para cada 100 mil habitantes.
A explosão de casos de dengue fez com que Minas Gerais decretasse emergência em saúde pública pouco após a virada do ano, em 27 de janeiro. A medida facilita acesso a recursos federais e agiliza processos voltados ao combate da doença. Acre, Distrito Federal, Goiás, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Santa Catarina e São Paulo também decretaram emergência devido à alta de notificações de dengue.
O cenário epidemiológico da dengue este ano em Minas Gerais é consideravelmente pior que o de 2023. Os 464.223 casos prováveis registrados no estado nas primeiras semanas de 2024 já superam todos os casos contabilizados ao longo do ano passado: 408.393. Em 2023, o índice de incidência da doença no estado era de 1.907 casos para cada 100 mil habitantes.
Na semana passada, a Secretaria Estadual de Saúde divulgou os resultados do primeiro Lira – Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti de 2024, realizado entre 8 e 27 de janeiro. Dos 808 municípios participantes, 366 foram classificados como em situação de alerta, enquanto 305 apresentavam risco elevado para a transmissão de dengue, Zika e chikungunya.
Na próxima semana, o governo mineiro irá promover, nos dias 11 e 12, o Encontro Macrorregional de Enfrentamento das Arboviroses e a Oficina Macrorregional Sobre Manejo Clínico das Arboviroses. O objetivo é ampliar a qualificação dos profissionais para atuar na resposta assistencial e atendimento dos pacientes suspeitos de arboviroses, prevenindo mortes e agravamentos evitáveis”, informou a secretaria.
primeiro evento tem como público-alvo secretários municipais de saúde, coordenadores de vigilância epidemiológica e coordenadores de assistência à saúde. Já a oficina de capacitação será direcionada a médicos e enfermeiros que atuam na assistência. A previsão é que, ao todo, cerca de 500 profissionais de saúde de 103 municípios do sul de Minas Gerais participem dos dois eventos.
Cidade do Rio registra mais de 2 mil casos de dengue em 24 horas
O município do Rio de Janeiro atingiu o total de 56.928 casos de dengue em dados atualizados neste sábado (9). O número representa um aumento de mais de 2 mil casos em 24 horas. Nessa sexta-feira (8), os casos somavam 54.906.
Conforme o Painel Dengue, da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), em 2023, foram contabilizados 22.739 casos, e no ano anterior, 4.675. Ainda de acordo com o Painel da SMS, até agora, o ano com maior número de casos foi 2012, quando alcançou 130.310.
O bairro com maior número de registros é Campo Grande, na zona oeste, com 11.558; seguido da região Penha, Ramos e Ilha do Governador, que somam 6.568; e de Madureira e Irajá, com 6.501, todos na zona norte.
O Painel Dengue nas Favelas, publicado no site do Voz das Comunidades, informa, com base em dados atualizados nessa sexta-feira (8) pela prefeitura, a ocorrência de 4.174 casos em comunidades do Rio de Janeiro, com uma morte no Conjunto de Favelas da Maré, na zona norte.
O Conjunto de Favelas do Alemão tinha o maior número (2.032), seguido da Rocinha (690), Maré (327), Gardênia Azul (250), Acari (237), Manguinhos (159), Cidade de Deus (151), Mangueira (130), Vidigal (86), Vila Kennedy (68) e Jacarezinho (44).
A capital é a que concentra o maior número de casos, seguida de Volta Redonda (5.406) e Resende (4.086), os dois municípios no sul fluminense. Dados da Secretaria de Estado de Saúde, atualizados na sexta-feira (8), apontam que o território fluminense tinha 107.833 casos prováveis com 3.136 internações e 26 mortes pela doença.
Na quinta-feira (7), o secretário Daniel Soranz confirmou mais duas mortes na capital causadas pela doença. Eram duas mulheres, uma de 71 anos e a outra de 24, subindo para quatro o total de mortos por dengue na capital.
Conforme o secretário, o calor e chuva criam ambiente propício para a proliferação do mosquito. “De cada três pessoas que têm dengue no município do Rio de Janeiro, em duas delas a gente consegue identificar o foco dentro do próprio domicílio do paciente”, observou neste sábado (9) durante visita a um polo de atendimento da prefeitura do Rio. Soranz destacou que a população deve adotar alguns cuidados para combater o Aedes aegypti.
“Os meses de maior incidência são abril e maio, então, a gente tem uma tendência do crescimento do número de casos de dengue na cidade do Rio. Por isso, a gente reforça o alerta a todo carioca a se empenhar na eliminação do foco do mosquito Aedes aegypti. No comércio, todos os governos, muito importante nas residências, dez minutos por semana para eliminar o foco do mosquito”, informou à Agência Brasil.
Soranz lembrou os sintomas da doença: febre e dor no corpo, dor atrás dos olhos, dor abdominal, sangramento de mucosa. Se a pessoa apresentar alguns desses sintomas, deve procurar uma unidade de saúde para identificar se está com dengue, iniciar o tratamento com hidratação adequada.
Da Agência Brasil, com Redação