AVC: os sinais de alerta que seu corpo envia e que você não pode ignorar

CRÉDITOS: https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2025/11/14/avc-os-sinais-de-alerta-que-seu-corpo-envia-e-que-voce-nao-pode-ignorar.htm

O acidente vascular cerebral (AVC) é uma das emergências médicas mais graves. Quanto mais rápida a intervenção, menores as sequelas e maiores as chances de sobrevivência. Minutos podem ser a diferença entre uma recuperação quase completa, uma incapacidade permanente ou a morte.


O problema é que grande parte das pessoas não reconhece os primeiros sinais e demora a procurar ajuda. Muitos acreditam que os sintomas vão passar sozinhos. Mas, quando o fluxo de sangue no cérebro é interrompido, as células cerebrais começam a morrer em questão de minutos.


Sintomas de alerta
O sintoma mais comum, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é a fraqueza repentina no rosto, no braço ou na perna — quase sempre de um lado do corpo. Mas há outros sinais que exigem ação imediata.


Procure a emergência se houver:


Paralisia facial: um lado do rosto “cai” e o paciente pode não sorrir, ou a boca e o olho podem parecer flácidos.
Fraqueza nos braços: dificuldade de levantar ou manter os braços erguidos; sensação de dormência.
Dificuldade para falar: fala arrastada, confusa ou impossibilidade de articular palavras. Algumas pessoas podem ficar totalmente incapazes de falar, apesar de estarem acordadas.


Outros sinais que também merecem atenção urgente incluem:


problema súbito de visão em um ou ambos os olhos;
tontura, perda de equilíbrio ou dificuldade para andar;
dor de cabeça intensa e repentina;
confusão ou alterações na percepção.


Reconhecer esses sintomas rapidamente é decisivo — e ligar para a emergência deve ser o primeiro passo.

Imagem: Brasil Escola
O que acontece no cérebro durante um AVC?
Como qualquer órgão, o cérebro depende de um fluxo constante de sangue para receber oxigênio e nutrientes. O AVC ocorre quando essa entrega é interrompida — seja por um coágulo que bloqueia um vaso (AVC isquêmico), seja por uma hemorragia cerebral causada pela ruptura de um vaso.


As consequências são graves: uma parcela importante dos pacientes não sobrevive, e muitos dos que sobrevivem enfrentam sequelas de longo prazo. Embora mais comum em idosos, o AVC pode ocorrer em qualquer idade — inclusive em crianças — e o risco dobra a cada década após os 55 anos.


Recomendações essenciais para reduzir riscos


Monitorar a frequência cardíaca e identificar arritmias como a fibrilação atrial pode salvar vidas. Essa condição multiplica o risco de AVC em cinco vezes, porque o batimento irregular favorece a formação de coágulos.


Outro ponto crítico é o miniderrame, ou AIT (acidente isquêmico transitório). Os sintomas são iguais aos de um AVC, mas desaparecem antes de 24 horas — às vezes, em minutos. Essa melhora rápida engana muita gente, mas o AIT é um aviso sério: uma em cada 12 pessoas terá um AVC em até uma semana após o episódio.


Além das causas clássicas — hipertensão, colesterol alto, diabetes e fibrilação atrial —, especialistas destacam fatores de risco amplamente presentes no cotidiano: tabagismo, dieta pobre, sedentarismo e obesidade.
estratégia decisiva para preservar o cérebro, a autonomia e a vida.

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