Gentileza gera gentileza e faz bem para a saúde mental

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Dia Mundial da Gentileza: 5 formas de praticar e transformar a saúde emocional. Especialista explica os efeitos de ser gentil consigo mesmo e com os outros

‘Gentileza gera gentileza’, já dizia o Profeta que batiza até viaduto no Rio de Janeiro graças a sua arte urbana exaltando a prática. No dia 13 de novembro é celebrado o Dia Mundial da Gentileza, uma data que convida à reflexão sobre algo simples, mas cada vez mais urgente: como estamos tratando as pessoas e a nós mesmos.

De acordo com o neuropsicólogo e escritor Eduardo Shinyashiki, especialista no desenvolvimento de competências socioemocionais, quando somos gentis ou recebemos um gesto de gentileza, o cérebro vive uma verdadeira festa química: dopamina, serotonina e oxitocina são liberadas, reduzindo o estresse e fortalecendo o sistema imunológico.

Mas Eduardo lembra que gentileza não é sinônimo de agradar a todos. “A verdadeira gentileza nasce da empatia, não da necessidade de aprovação. Quando vem do medo de não ser aceito, ela esgota; quando nasce da consciência e da autoestima, ela nutre”, explica.

A seguir, o autor do livro “O Caminho da Originalidade”, que trata também sobre as consequências de ter uma vida sob a ótica do outro, aponta cinco formas de praticar uma gentileza genuína, que beneficia corpo, mente e relações.

1. Gentileza começa com você

Além de estender a mão ao outro, é preciso aprender a cuidar de si. Segundo Eduardo, a base de toda relação saudável é o autocuidado. “Gentileza verdadeira inclui autocompaixão. Sem isso, ela deixa de ser virtude e vira peso. Quando você se cuida, seus gestos se tornam mais autênticos e generosos”.

2. Dizer ‘não’ também é um ato de amor

Gentileza não é submissão. É possível ser firme e amoroso ao mesmo tempo. “A gentileza firme é aquela que acolhe sem se anular. É olhar o outro com compaixão, mas mantendo-se fiel a si mesmo. Saber colocar limites é essencial para evitar o esgotamento emocional”, orienta o especialista.

3. Desacelere: a pressa é inimiga da empatia

Em um mundo acelerado, agir com calma é um gesto revolucionário. “A gentileza é filha da presença, e a pressa é seu oposto”, destaca o neuropsicólogo. Quando o cérebro está em modo de defesa, não há espaço para escuta ou empatia. Respirar fundo, ouvir com atenção e olhar nos olhos já são formas de reconexão humana.

4. Troque a reação pela escuta

Antes de responder automaticamente, experimente ouvir genuinamente. A escuta atenta reduz conflitos, aumenta a compreensão e cria pontes. “A gentileza acontece no intervalo entre o impulso e a resposta. É ali que mora o poder da escolha consciente”.

5. Treine o olhar positivo todos os dias

Gentileza é um hábito que se constrói. A ciência mostra que gestos simples como agradecer, sorrir ou oferecer ajuda, fortalecem as áreas cerebrais ligadas à compaixão. “Gentileza é um treino diário. Quanto mais praticamos, mais natural ela se torna, dentro e fora de nós”, conclui Eduardo.

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