CRÉDITOS: https://revistaoeste.com/politica/cop30-reforca-seguranca-depois-de-invasao-de-manifestantes/
Ato na noite desta terça-feira, 11, deixou seguranças feridos e provocou mudanças no controle de acesso ao evento
Letícia Alves
Indígenas, quilombolas e representantes de movimentos sociais invadem a Zona Azul da COP30 em Belém, no Pará – 11/11/2025 | Foto: Oswaldo Forte/Estadão Conteúdo
A organização da COP30 reforçou a segurança e adotou novas medidas de controle depois do protesto que bloqueou a saída de participantes na noite desta terça-feira, 11, em Belém. Na manhã desta quarta-feira, 12, o público enfrentou longas filas para entrar no Hangar Convenções e Feiras da Amazônia, onde ocorre a conferência, segundo a imprensa presente.
O protesto começou por volta das 19h20, na Zona Azul, onde ficam as salas de negociação. Cerca de 50 manifestantes tentaram entrar sem autorização na área das delegações. Seguranças da Organização das Nações Unidas (ONU) e policiais, no entanto, formaram uma barreira para impedir o acesso. Com isso, dois seguranças ficaram feridos, um deles na testa.
Além disso, portas e equipamentos de raio-X foram danificados com o tumulto. Nesta manhã, porém, a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima informou, em nota, que todos os consertos e substituição já haviam ocorrido antes das 7 horas.
Veja imagens do protesto:
Reforço nas medidas de segurança da COP30
Depois do confronto, integrantes do governo brasileiro, da ONU e da Polícia Federal se reuniram para revisar os protocolos de segurança. Os portões abriram mais tarde nesta quarta-feira, com reforço no controle de acesso.
Além disso, a triagem passou a exigir a retirada de computadores das mochilas para o escaneamento. O policiamento externo foi intensificado nas primeiras horas do dia, e as filas diminuíram por volta das 8h.
A pedido da ONU, a Polícia Federal abrirá inquérito para investigar a invasão. Agentes federais permaneceram no local durante a madrugada, coletando imagens de câmeras e realizando perícia. Houve ainda o adiamento do acesso de trabalhadores noturnos ao pavilhão.
O protesto
O grupo de manifestantes, composto de integrantes de movimentos sociais, indígenas e estudantes, tentou avançar em direção às áreas internas da conferência. A ação partiu de uma parte dos participantes da Marcha Global Saúde e Clima, que reuniu cerca de 3 mil pessoas em Belém.
Os manifestantes carregavam bandeiras contra a exploração de petróleo e a favor da Palestina. Além disso, eles pediam a taxação dos mais ricos.
