

CRÉDITOS: https://revistaoeste.com/politica/tarcisio-ratinho-michelle-lula-futura/
Uma nova pesquisa nacional da Futura Inteligência, divulgada em outubro de 2025, confirma um movimento de desgaste no governo e mostra que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva perderia o segundo turno contra os principais nomes da direita e da centro-direita, como Tarcísio de Freitas (Republicanos), Ratinho Júnior (PSD) e Michelle Bolsonaro (PL).

Embora Lula ainda mantenha vantagem no primeiro turno, a pesquisa mostra que sua rejeição subiu para 50,4%, e que mais da metade dos brasileiros (52,3%) acredita que o país segue no rumo errado. A avaliação do governo e da economia revela um cenário preocupante para o Planalto: 53,5% consideram que a situação econômica piorou, e 39,1% afirmam estar financeiramente em condições piores que há quatro anos.
Segundo turno: Lula perde para os três principais adversários
Nos cenários testados pela Futura, Tarcísio aparece como o adversário mais competitivo de Lula. Em uma disputa direta, o governador de São Paulo lidera com 45,5% das intenções de voto, contra 39,5% de Lula.
O mesmo movimento se repete com Ratinho Júnior (PSD), governador do Paraná, que venceria Lula por 43,4% a 38,9%, e com Michelle Bolsonaro, que também aparece numericamente à frente, com 47,6% contra 41,2% do petista.

Esses três cenários mostram que, se as eleições fossem hoje, Lula seria derrotado por todos os principais nomes da oposição, resultado que reflete o crescente desgaste do governo e o retorno da direita ao protagonismo político.

Tarcísio e Michelle lideram a oposição; Lula perde apoio entre indecisos
O desempenho de Tarcísio de Freitas confirma sua consolidação como principal herdeiro do eleitorado conservador. O governador paulista aparece com 31,1% das intenções de voto no primeiro turno, encostando em Lula (34,9%).
Michelle Bolsonaro, por sua vez, ganharia de Lula no primeiro turno: com 31,5% dos eleitores afirmam que votariam nela contra 31,3% que votariam em Lula.
Enquanto isso, o presidente da República enfrenta dificuldades para ampliar seu eleitorado: mais da metade dos brasileiros diz que jamais votaria nele, e apenas 33,5% declararam voto definitivo no petista. A erosão entre indecisos e o aumento da rejeição tornam cada vez mais difícil o cenário de reeleição para o atual presidente.
Privatizações e agenda econômica: país dividido
O levantamento também revela divisão nas pautas estruturais.
Sobre a privatização dos Correios, 47,1% são contra, e 36,2% a favor.
Já no caso da Petrobras, a resistência é ainda maior: 55,5% se dizem contrários e apenas 30,4% apoiam a medida — reflexo da defesa nacionalista sobre empresas estatais.
Indagados sobre o principal problema do país, 28,8% dos entrevistados citaram a corrupção, seguida de saúde (19,8%), violência e segurança (16,3%) e educação (8,9%).
Esses resultados reforçam que a percepção ética e o combate à criminalidade continuam sendo fatores decisivos na formação de opinião pública, especialmente em um contexto de desilusão com o desempenho econômico.
No campo das políticas públicas, 56,7% dos brasileiros rejeitam o aumento de impostos sobre combustíveis para financiar transporte gratuito, enquanto 49% acreditam que a promessa de isenção do Imposto de Renda até R$ 5 mil poderia melhorar suas vidas em 2026.
Arrependimento e fidelidade de voto
O dado mais expressivo da pesquisa é a baixa taxa de arrependimento do voto de 2022: 90,3% dos eleitores afirmam que manteriam sua escolha, contra apenas 7,9% que se dizem arrependidos. Isso explica a cristalização dos blocos ideológicos que se enfrentam desde 2018 — um país dividido, onde as identidades políticas se sobrepõem à avaliação racional da economia.