A CPI das Câmeras, criada pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) para apurar o funcionamento de sistemas de câmeras em locais públicos, ouviu nesta segunda-feira (15/09) cinco presos envolvidos em esquemas com associações de proteção veicular locadoras de automóveis, ferros-velhos, roubos de cargas e uso de ouro em atos criminosos. Na saída do Complexo Penitenciário de Gericinó, o presidente da Comissão, deputado Alexandre Knoploch (PL), declarou que os depoimentos colhidos serão colocados junto ao processo para a formatação do relatório.

Participaram também da oitiva os deputados Marcelo Dino (União), que é vice-presidente do colegiado; Filippe Poubel (PL), relator; Rodrigo Amorim (União), membro titular; e Alan Lopes (PL), suplente da comissão.

O objetivo da CPI foi entender mais como funciona o esquema do roubo e furto de veículos no Estado do Rio. Segundo Knoploch, os presos interrogados já receberam resgate de empresas ligadas a associações. “A CPI teve sua primeira diligência em unidades prisionais e pode retornar a realizar oitavas como essa para investigar demais práticas criminosas”, afirmou.

A Comissão ouviu Vinicius Catrinck, conhecido como o “Capetão”, apontado pela Polícia Civil como líder de roubos de vans e cargas no Rio; Thiago Fernandes Virtuoso, o “Tio Comel”, considerado por órgãos da segurança pública o maior clonador de carros do Rio; Gildásio Esteves Lima; Luciano Silva Teixeira, o “Sardinha da CDD”; e Jefferson Dias Lino, apelidado de “Rouba Cena”.

Outras sabatinas

Desde agosto, os parlamentares integrantes da CPI das Câmeras já sabatinaram grupos e startups que cuidam do sistema de vigilância por câmeras e também autoridades responsáveis por essa atividade e pela Segurança Pública em si. Também foram ouvidas em duas reuniões seguidas representantes de empresas que trabalham com rastreamento e proteção veicular.