- Os estudantes eleitos para a 16ª edição do Parlamento Juvenil (PL) definiram nesta quinta-feira (26/06) os nove projetos de lei propostos por eles que serão votados na sessão de encerramento do programa, na sexta-feira (27/06). As três propostas que receberem o maior número de votos serão analisadas pelos deputados e podem até virar leis estaduais. Esse trabalho de escolha dos PLs se deu na segunda reunião extraordinária das Comissões, em que os 97 alunos foram divididos em três salas de debates.
Os parlamentares da Comissão A debateram e aprovaram o projeto que implementa um programa de treinamento para lidar com situações emergenciais, como deslizamentos, inundações ou incêndios em todas as escolas do Rio de Janeiro. Também votaram a favor do Programa Estadual de Prevenção, Monitoramento e Repressão ao Feminicídio (PROPREFEM), que estabelece campanha multidisciplinar e permanente no Estado.
Com o objetivo de melhorar a questão da acessibilidade, o colegiado também aprovou a medida que cria a plataforma on-line “Mundo TEA”. “Estive em uma unidade da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), no município de Bom Jardim, acompanhando meu primo, que é autista. Lá, vi pais reclamando que é difícil aceitar o diagnóstico do filho, porque isso significa uma vida dedicada a ele. Então, o app serve para ajudar a organizar a rotina e os cuidados com pessoas com TEA”, disse Maria Isabel, autora da medida.
Já a Comissão B elegeu o projeto que institui um programa de apoio à inserção de jovens entre 14 e 18 anos no mercado de trabalho. O colegiado também aprovou o programa CNH Jovem, que facilita o acesso à carteira de habilitação para alunos de baixa renda do terceiro ano do ensino médio e fechou os trabalhos escolhendo a medida que dispõe sobre o ensino de habilidades empreendedoras, economia e de vendas nas escolas públicas do Estado.
O grupo C decidiu pela norma que institui o Programa Estadual de Estímulo ao Empreendedorismo de Mães Atípicas. “No Brasil, ter uma oportunidade de emprego sendo mãe é difícil, ainda mais com a maternidade de uma criança atípica. Demanda uma rotina ainda mais puxada. Então, defender maneiras para que elas consigam cuidar dos filhos e manter financeiramente a casa é extremamente necessário”, disse a autora do PL, Isabelli Rodrigues, de Niterói.
O combate ao assédio e a violência sexual masculina foi o tema do segundo projeto aprovado pelo colegiado. E o último escolhido cria o Programa Oficina de Meninas Empoderadas nas escolas públicas do estado. “Sou aluna do colégio cívico-militar da minha cidade e toda a campanha para o Parlamento Juvenil foi focada nesse projeto. Essa é uma forma de prevenir que as meninas entrem em relacionamentos tóxicos e sofram violência doméstica, futuramente”, contou Maria Laura Soares, de Areal, que redigiu o PL.
Atividades culturais
Nesta quinta-feira, os estudantes também participaram de atividades culturais, com visitas ao Cristo Redentor, ao Bondinho do Pão de Açúcar e ao Estádio do Maracanã.
Gustavo Henrique Ribeiro, de Campos dos Goytacazes, esteve pela primeira vez nesses pontos turísticos. “Superou todas as minhas expectativas, principalmente conhecer o Maracanã. Com certeza, pretendo voltar”, comentou.
