Prefeitura participa do anúncio dos vencedores do concurso O Brasil Tá Pra Game

Spread the love

O concurso teve 51 jogos inscritos, sendo que dez foram selecionados para a grande final – Marcelo Piu/Prefeitura do Rio

A Prefeitura do Rio participou, nesta sexta-feira (1/11), do anúncio da premiação do concurso O Brasil Tá Pra Game, promovido pelo EmbraturLab, na Arena Gamer da Nave do Conhecimento do Engenhão. O evento contou com a participação dos presidentes da Embratur, Marcelo Freixo, e da Associação Brasileira dos Desenvolvedores de Jogos Eletrônicos (Abragames), Rodrigo Terra, da secretária de Ciência e Tecnologia do Rio, Thereza Paiva, e do coordenador de Games e eSports da Prefeitura, Chandy Teixeira. Eles anunciaram os vencedores entre os dez jogos finalistas que tiveram o Brasil e a sua diversidade cultural como destaque.

– Essa é uma premiação muito importante para o setor, principalmente para situarmos os games nas várias esferas que da economia. O que o turismo tem a ver com games? Tem tudo a ver. Muita gente viaja para ver cenários de filme ou série. Para a nova geração por que não viajar para ver o cenário do seu game favorito? Um game situado no Rio de Janeiro sem dúvida atrairia turistas para cá. É muito importante que a Embratur esteja olhando para os games. E estar aqui na Arena Gamer consolida nossa posição de casa dos games, a primeira arena pública do Brasil – afirmou Chandy Teixeira.

O concurso teve 51 jogos inscritos, sendo que dez foram selecionados para a grande final. Entre os inscritos estavam estúdios desenvolvedores do Rio de Janeiro, Bahia, São Paulo, Amazonas, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Ceará, Rio Grande do Sul, Maranhão, Espírito Santo, Distrito Federal e Minas Gerais. O evento contou com a participação de estudantes de turismo da FAETEC, estudantes de programação e criação de games da Nave do Conhecimento e Atletas de eSports que treinam na Arena.

O grande vencedor foi o desenvolvedor Guilherme Giacomini, com o jogo Língua. Em segundo ficou o estúdio Aoca Game Lab, com Árida, e em terceiro o estúdio KwO, com Aleijadinho Virtual. Receberam menção como destaques os jogos Maranhão Encantado, do estúdio Trapcat, e Teleforum, do estúdio Monumenta Collab.

– Esse prêmio é muito importante para mim, mas ele simboliza uma importância ainda maior porque todo mundo está voltando seus olhos para a indústria de games no Brasil. O meu jogo foi uma ideia que eu tive há muito tempo. Eu cresci com os jogos de RPG como Chrono Trigger e Zelda. Eu pensei: e se eu fizesse um RPG ou um jogo de aventura que se passasse no Nordeste do Brasil? Eu tenho sotaque paulista, mas eu cresci na Bahia, minha família é de lá, então ela está no meu coração. Poder realizar o Língua e ajudar a espalhar a cultura brasileira foi muito importante para mim – disse Guilherme.

Além de uma premiação em dinheiro, os selecionados também serão promovidos em eventos internacionais da Embratur. Nas feiras internacionais, por exemplo, haverá consoles para que os visitantes conheçam um pouco do Brasil com o joystick nas mãos.

– Estamos no século 21 e o turismo é uma grande solução como forma de pensar o desenvolvimento do Brasil porque é um grande instrumento de geração de emprego e renda. Estamos num grande momento do turismo e é preciso sair da casinha e pensar como promovemos o Brasil. O que pensamos é que esse mundo dos games é uma ferramenta que pode promover o Brasil. Os jogos podem mostrar o folclore e a gastronomia do país, a diversidade brasileira. Se isso entra nos games e se espalha pelo mundo, isso fortalece o turismo, pois promove o país – declarou Marcelo Freixo, elogiando a Prefeitura do Rio pela criação da Arena Gamer, um espaço público para a população usufruir.

O presidente da Abragames, Rodrigo Terra, celebrou a parceria com a Embratur e agradeceu o apoio da Prefeitura do Rio para o sucesso do concurso.

– A gente vem construindo essa indústria dos games no Brasil há 20 anos. Queremos fazer com que o desenvolvimento de jogos no país seja algo possível. O mais importante desse projeto é mostrar a dimensão que os games têm hoje. E não só do consumo, mas também com o olhar de que desenvolver e produzir games é uma profissão, uma carreira. É um universo muito vasto, existem muitas carreiras possíveis. O mundo hoje joga video game, é um negócio de mais de 200 bilhões de dólares. Só aqui no Brasil, 74% da população joga alguma coisa. É uma indústria do agora e não mais do futuro. E promover o país por meio dos jogos, para nós, foi um encantamento. Ficamos felizes e orgulhosos quando a Embratur entendeu esse movimento.

Arena Gamer

A Prefeitura do Rio inaugurou em janeiro deste ano a primeira Arena Gamer pública do país. Desde então, a cidade já se tornou referência no setor de games e eSports. Com capacidade para 100 pessoas, o espaço destinado a esportes eletrônicos fica dentro da Nave do Conhecimento do Engenhão, no Engenho de Dentro, Zona Norte da cidade e já é referência nacional em grandes campeonatos. O local, que vem recebendo competições de pequeno e médio porte, além de torneios com times de todo o mundo e funciona como um polo de inclusão, aprendizagem e transformação social para os visitantes, voltado a profissões da indústria criativa.

– A área de criação de games está crescendo muito no mundo, é um mercado bilionário e o Rio de Janeiro certamente não poderia ficar fora. A presença da primeira Arena Gamer pública da América Latina torna a cidade muito propícia para hospedar esses eventos e para fazer a divulgação da área de games. Ter esse evento aqui hoje é uma felicidade, esse prêmio é muito importante e ajuda a fomentar o desenvolvimento de games – afirmou a secretária de Ciência e Tecnologia, Thereza Paiva.

A indústria de jogos digitais no mundo e no Brasil

A indústria já ocupa a segunda posição entre os negócios de entretenimento no mundo, atrás apenas do segmento de conteúdos para televisão. Até 2028, espera-se um crescimento ainda maior na ordem de US$ 376 bilhões refletindo a robusta trajetória desta indústria.

Trata-se de uma Indústria relativamente recente com grande potencial econômico e geradora de impactos: jogos digitais introduzem novas tecnologias e inovações em outros setores da economia, a exemplo do turismo.

Fatores de crescimento: popularização do uso de telefones móveis e aumento da velocidade de conexão com a internet, democratizando o acesso a jogos digitais ao redor do mundo. Ademais, o crescimento do e-Sports acompanhado das tecnologias de realidade virtual e realidade aumentada. Os jogos para celular serão o segmento de crescimento mais rápido. Movimentaram US$ 90,7 bilhões em 2021, crescendo 4,4% no ano. Representam hoje mais da metade do mercado global de jogos.

Os jogos digitais não são apenas entretenimento voltado para o público infanto-juvenil, fazem parte da cultura popular em diversos países. O “envelhecimento” dos jogadores possibilitou outras aplicações, como na educação, na saúde, treinamento nas empresas e em simulações industriais utilizando VR/AR (Realidade Virtual e Realidade Aumentada).

No Brasil, esse segmento vem crescendo sustentadamente desde o início dos anos 2000 e tornou-se um dos segmentos mais dinâmicos do setor audiovisual. Metade dos estúdios nacionais que atuam no mercado internacional, obtiveram mais de 70% de seu faturamento internacionalmente. Ou seja, nossos games são importantes ferramentas para apresentar o Brasil.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *