Lideranças do setor produtivo marcam posição contra Lula no ministério e pelo impeachment de Dilma
Lideranças e representantes da sociedade civil organizada se reuniram nesta quinta-feira (17) na Federação das Indústrias do Paraná em reação à posse do ex-presidente Lula na Casa Civil e à divulgação das gravações grampeadas pela Polícia Federal.
Reunião de Entidades para debater crise politica, fotos:Gelson Bamp
Mais de cem instituições presentes discutiram estratégias de mobilização para pressionar a classe política a encontrar soluções para a crise atual que serão divulgadas em um manifesto. O documento será encaminhado aos deputados federais e senadores. Segundo o presidente a Fiep, Edson Campagnolo, os pontos principais são o combate à corrupção, a saída de Lula do núcleo duro do governo e o afastamento da presidente.
“Se for preciso paramos o transporte”
Em entrevista ao Paraná Portal, o presidente da Fetranspar, Sergio Malucelli, afirmou que, se for preciso, o setor de transportes de cargas no Paraná fará uma paralisação de 24 horas em protesto contra a nomeação de Lula no governo petista da presidente Dilma Rousseff. Ele espera que essa medida não precise ser tomada porque acredita na justiça e no “pulso firme do juiz paranaense, Sergio Moro que está colocando na cadeia os maiores bandidos do Brasil”.
“Apoiamos integralmente a Operação Lava Jato e as investigações que recaem no ex-presidente Lula que, se for culpado tem que pagar pelos erros”, disse Malucelli que também se sente orgulho e honrado em pertencer a “República de Curitiba”.
Associação Comercial do Paraná
A Associação Comercial do Paraná emitiu nota de indignação contra a nomeação de Lula como ministro-chefe da Casa Civil. No comunicado, divulgado nesta quinta (17), a entidade afirma que o fato constitui gravíssima afronta à sociedade e ao Poder Judiciário.
A ACP classifica esse como o maior escândalo de corrupção com dinheiro público da história do país.
Ainda conforme a publicação, não é aceitável que a presidente Dilma Rousseff conceda a Lula um abrigo no primeiro escalão. Para a Associação, “é uma insolência não apenas à consciência democrática da nação, mas o derradeiro atestado do naufrágio de um governo que agride as normas do Direito perante o mundo civilizado, assumindo lugar de destaque dentre os países que, a cada dia, perdem sua credibilidade”.
Segundo o presidente da ACP, Antônio Miguel Espolador Neto, afirmou que mais de 90% dos associados da entidade são micro e pequenos empresários e que têm sido seriamente atingidos pela grave crise que se instalou no país.